segunda-feira, 23 de maio de 2011

Saudades de Vovô Biroca.



Em 21 de abril do ano corrente, eu e meu marido estávamos comemorando 10 anos de casados. Em meio a tanta felicidade nos chega à notícia do falecimento do meu avô paterno, popularmente conhecido como BIROCA. Nossa comemoração foi suspensa e transformada em silêncio e lágrimas.

O meu avô já tinha passado dos 80 anos, já não gozava de muita saúde, mas o nosso egoísmo é maior que qualquer justificativa que Deus tenha nos dado para levá-lo para o seu lado. Por isso, choramos e aos poucos, com muita insistência, conformamo-nos e aprendemos a lembrar da pessoa que amamos com carinho e saudade.

Lembro-me de poucos momentos com ele, mas os mesmos sempre marcados por seu sorriso receptivo, seu carinho aconchegante e sua ternura amável. Aprendi no decorrer da vida a amá-lo e admirá-lo, já muito pequena sentia orgulho de ser sua neta, de fazer parte de sua família.

Ao receber a notícia de sua partida não consegui parar de lembrar o nosso último encontro, do forte abraço e da alegria explicada em poucas palavras: “Adoro quando a minha casa está cheia...”. A imagem que quero sempre me lembra de vovô Biroca é essa, feliz.

A saudade aos poucos invadiu minha mente e silenciosamente foi buscar lembranças antigas guardadas no fundo do coração, em um lugar que só visitamos em momentos de nostalgia. Tais lembranças fizeram-me entender a dimensão de sua perda, o vazio deixado.

Percebi que a nossa relação foi marcada por momentos fortes, nos quais me sentia segura e amada. Mesmo não estando ao seu lado com a freqüência desejada, vovô foi muito importante na minha vida, e sempre que foi possível ele deixou claro para mim o tamanho do seu amor.

"Vovô, sentirei muito sua falta. Te amo sempre."